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São as águas de 16 de março

  • Foto do escritor: Eduardo Henrique da Silva
    Eduardo Henrique da Silva
  • 18 de mar. de 2021
  • 1 min de leitura

Eu nunca vou esquecer essa data, mesmo se esqueço, a data me lembra.


Eu sonho esquisito, acordo estranho, fico sem tomar

café, coisa rara. Então lembro, 16 de março.

Eu fico sem acreditar que tanto tempo se foi...


Sua lembrança já não é mais latente, como outrora,

parece um RG velho, que a gente guarda numa caixa,

no fundo do armário...só as vezes a gente acha.

Eu lembrei de quando ía até a banquinha e pedia

fiado pra Dona Iara me vender a revista "PONTO CRUZ"

de costura, pois eu queria te dar um presente de aniversário

surpresa, então não dava pra te pedir dinheiro.

Eu dou risada da minha cara hoje quando penso nisso,

pois eu achava, ela costura, então vai gostar de revista de costura.


Ato de amor às vezes é isso, dizer que adorou receber uma revista

de costura comprada da banquinha...

Meu coração hoje parece um trampo de ponto cruz,

cheio de buracos, sem vc...

Minha vida sem a sua, hoje, é esse monte de parágrafos

terminados em três pontos...

Falta o que dizer, não há o que se fazer, nem palavras

existem pra escrever...


Até mesmo a memória de quem você era me trai...


Só quem me é fiel, são as águas do 16 de março,

mesmo que eu não lembrar...ele me imcomoda,

me cutuca, me arrasta pro limbo, então eu lembro...


Então tudo vira um misto, alegria de lembrar,

a dor de não ter mais...

são as aguás de 16 de março...

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© 2020 Balança a Joeira por Eduardo Henrique

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