Seja Cúmplice da Bagaceira
Caiu na Rede é peixe?
Eduardo Henrique o Culpado
CV (Currículo Vergonhoso)
Quando eu era criança eu perguntei a minha mãe se podia ser Artista quando eu fosse grande.
Ela disse que se eu fosse Artista, eu podia começar a ser naquele momento.
Ela- "Que tipo de Artista você quer ser?"
Eu- Não sei! Pintor?
Ela pegou uma folha de sulfite, desenhou um barquinho com janelas arredondadas e fumaça saindo pelas pontas, 3 gaivotas em volta dele.
Ela- Agora tenta desenhar igual.
Eu estava feliz por ter percebido que já era Artista, ao desenhar versões do barquinho, mas Dona Nice , com a delicadeza de um trator, que sempre foi sua marca registrada disse:
Ela- Se você quer mesmo ser Artista Profissional, estude muito, e por garantia estude e aprenda uma outra profissão, pois viver sendo artista é muito difícil, por vezes impossível.
Eu sinto dizer que ela nunca esteve tão certa.
Quando se cresce numa família mais Pobre, tem um momento que independente de seus sonhos, precisa fazer os corres pra dar uma força nas contas. Tive uma chance de fazer SENAI na Mercedes Benz, fiz a prova e passei.
17 anos batendo cartão naquele lugar, sabendo que este não era o número do meu sapato.
Colhi frutos bons de lá, um deles foi ter me formado em Design Gráfico, a profissão que tem me assegurado um qualquer nos dias de hoje.
Se quiser conhecer meu Portfólio, eu montei um site DU Design, nele você vai conseguir ver meu Currículo Técnico Completo, formalizado, por aqui eu vou trabalhar na informalidade que meu trabalho Artístico costumou-se a ser.
Minha mãe infelizmente faleceu quando eu tinha 19 anos e não sei dizer se por conta disso, eu fui abandonando aos poucos o Desenho (na mesma época fiz uma tatuagem do tal barquinho, (Foto). Por ter crescido no meio de parentes músicos e cantores gospel, me inclinei para música e fui cantor de banda de samba e Blues gospel.
Gostava de escrever, já rabiscava algumas poesias, mas era estranho e distante pensar que era Poeta.
Quando eu pesquisava poetas/poetizas e compositores(as), sentia que nunca chegaria a isso, portanto confesso que demorei até para criar coragem de apenas dizer que escrevia.
Aos 20 e poucos escrevi meus primeiros sambas e músicas autorais , e antes de chegar aos 30, após muita leitura diversificada, o cristianismo não fazia mais sentido pra mim.
Ainda sujando a camisa de graxa numa linha de montagem, "montei" com outros engraxados um projeto musical, chamado Prospecto Morto. Acho que esse o destino da humanidade.
É possível achar 4 músicas desse trampo salvas no App do Sound Clound, era o aplicativo que bombava na época, ainda existe, mas hoje o Spotify domina.
Talvez eu publique a letra delas por aqui e o link para ouvirem.
Esse projeto foi lançado, e a galera que me ajudou a gravar não estava muito a fim de tocar, então esfriou.
Me sentindo perdido, pensei em estudar uma outra área das Artes, que já havia experimentado de maneira amadora. Palhaçaria.
Fui estudar Teatro na Fundação das Artes de São Caetano do Sul, que embora seja uma instituição muito fechada dentro de si mesma, e profundamente paternalista, não posso negar o tanto que aprendi ali, e também ter estado naquela escola foi essencial para estar no lugar onde estou agora e lá, ou através de lá, conheci alguns de meus melhores amigues que tenho no momento.
Por me formar em 2015, me encontrei com o pessoal do Coletivo Menelão de Teatro, estive com eles em 2 espetáculos.
Pão e circo,livre adaptação de A padaria de Brecht.
Contemplado em editais PROACs em 2015 e 2016, e participando de festivais importantes em SP, como FESTA (festival de Santos de teatro de rua) , o FELT (Festival da Escola Livre de Teatro) e o
FEIA (Festival do Instituto das Artes da UNICAMP).
E Treinalhaço espetáculo de Palhaçaria que também esteve no FESTA, no projeto Consultório na Rua em Parceria com a Cia. Mugunzá no Teatro do Contêiner em São Paulo e na Mostra Lino Jojas de Teatro de Rua em São Paulo.
Certas coisas na vida, são grandiosas e lindas, tem seu início e precisa ter um fim. Assim terminou a parceria que tive com Coletivo Menelão, Artistas criativos que sei que ainda vou aplaudi-los muito.
Em 2019 os deixei para experimentar projetos pessoais em Palhaçaria, estou engatinhando com estes em processo, espero que possa, mais breve que longe, apresenta-los por aqui.
Enquanto estava nas peripécias "menelônicas", ainda sonhava com algum projeto musical que pudesse chamar de meu.
Em 2016 comecei com amigues queridos um projeto musical.
Banda candieiro veio de Longe.
Sobre o nome eu conto outrora, história longa, mas digo que nesta Banda pude escrever umas letras que amo de paixão, fazer parcerias de letras e músicas e arranjos com amigues Artistas de primeira. Nossos Shows estão adiados no momento devido a Quarentena, você pode nos seguir nas Redes, Ta massa.
Nos dias de hoje estou articulador do Coletivo de Artistas de São Caetano do Sul, onde participo da produção do Festival de Artes Grupeto , com duas versões,2018 e 2019 e Cine Clube Coletivo de Artistas, onde estávamos com uma exibição por mês, que foi interrompida também pela Pandemia 2020.
Nossas atividades remoduladas pra esta situação atípica você pode acompanhar nas Redes.
UFAAAA! Foi bastante, mas para uma vida, até que foi resumida.
Esse é meu caminho Artístico, que assina um novo capítulo em 2020. Balança a Joeira Artes.
Aqui você pode ver minhas criações e urgências de Alma, as que são possíveis em Rede.
Estou entregue, aberto e disposto a negociar.
Os grupos, Bandas e coletivos citados, inclusive os que chamei para acompanhar, vou deixar abaixo as redes, colem por lá.