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Batuque mascavado

  • Foto do escritor: Eduardo Henrique da Silva
    Eduardo Henrique da Silva
  • 27 de jan. de 2024
  • 1 min de leitura

Depois que comecei a praticar minha poesia com harmonia musical, sem querer eu fui desenhando o som que faço através das batucadas desse brasilzão. Aconteceu então que me veio essa moda, que não sei se frevo, xaxado, repente, ou apenas, por assim chamei meu Batuque Mascavado...


Batuque mascavado


Eu tô largado num trapo, esfarrapado,

morrido, se não matado, um besunte mascavado.

Eu vou trançando, caindo, cambaleando, e assim

torto e errado, do jeito desmiolado,

que a apresento meu rimado

 

Só foi passável, pois embora mal jambrado,

no batuque esquisito, que é legado de gingado,

não se ver ninguém parado.

Pois foi-se sendo, quer sorrir ou lamentar.


No batuque candieiro, você vai ter que dançar.

 

O fino corte não sangra, mas dói demais,

Eu sigo em frente, na via de contramão.

Sei muito bem o que digo, nunca o que faço.

Torço pelo arremato, dessa draga de cascalho,

me tomou feito pirralho, e manjou meu coração.

 

E se caminho é destino de contingente,

tropeço, ralo o joelho, mas sigo em frente.

E debelando as feridas com meu refrão:

 

O meu verso é descampado,

Compasso desmantelado,

Nessa lasca de universo,

e mesmo quando não peço,

é teimoso o meu verso,

é grito que sai na marra,

contradizendo meu digo,

pois se em tese desiludido,

em verso eu quero sonhar...

 

...que o amor quebre as correntes,

e a verdade concerte a gente.


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