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Foto do escritorEduardo Henrique da Silva

Sinuosidade vital/fatal

Eu não gosto de me jogar no HIPHOP, não é meu mundo,

Já escrevi algumas poesias que pensei, cabe no RAP,

mas não, RAP de branco, to fora, TOTAL respeito aos

que lhe são de direito, fico aqui na menisquência. To suave.

Já me meto no samba, de atrevido, nem devia também.

Mas tem vezes que vou assim, Poesia, será que pode ser RAP?

Fica a pergunta. Mas não quero botar pra frente,

só jogando por aqui que não espalha muito, então suave.


Sinuosidade vital/fatal

A maior poesia canção, que já escrevi.


Caminhos, se você acha que só vai reto,

ou definido, fraco engano, só daqui da minha janela,

de alguns previlégios, o caos é insano.

Imagina então o desespero, de quem só restou

na vida, quarto de despejo.


Hoje em dia essa analogia/barra realidade da

poeta Carolina Maria de Jesus, é grande maioria.

E você vem me dizer,que se esforçando, e com coragem

a gente chega lá! Mas nem entende,

que quem vive, onde nem tem onde obrar.

Como é que vai saber, que ser humano é capaz de sonhar?


Tem gente que diz, você pode sonhar,

sonhar é de graça, mente ou nunca percebeu.

Sonhar é pra quem não conhece na pele

a palavra SOBREVIVER desde que nasceu.


Esses que tecem julgamentos sobre

ações de desespero de corpos aflitos,

são os mesmos que conclamam,

olho por olho, dente por dente.

que tipo insano de gente.


Desespero, por desespero,

eu canto a canção dos sobreviventes,

ao invés de garantia patrimonial,

dos que mandam no pobre como se

fosse poeira de nada.


Mas quem é de Chandon Perrie,

não espero, que vá entender,

quem já teve que apelar pro corote.


Minha inga mesmo é ver os que,

pensava ser os meus, acreditando

que quem calça sapato, que vale

meu ordenado da vida inteira.

Pode realmente, querer o meu bem,

Você não entende que tá no palanque

vomitando besteira?


Até por que, quem tem pouco,

quem tem nada não serve.

Quem tem pouco é que sustenta,

os que esbanjam sem dó.

E eles ainda vão querer fazer a

gente acreditar, que se pago seu

salário, sou bem feitor.


Históricamente só vi,

as coisas de fato mudarem,

diante revolução Rosa Luxemburgo!

O resto é balela


Ficar rebolando o lenga lenga

do sistema, só faz a gente,

até achar bonitinho os

cartazes, e faixas, e admirar

quem discursa imponente.


Discurso não ganha guerra,

e se você não da conta

que estamos nela, tá no

mundo a passeio, e tudo bem.


Desde de 1500 a elite vence

e enrola a gente sem dificuldade.

A gente finge que não aceita,

e diz em vão que é hora de mudar a realidade,

e eles nos massacram por diversão,

e sabem que não há modo de contestação.


Pela regra imposta, o mais forte,

convence o mais fraco, que ser explorado

é a solução. Eles dizem, se esforçe, coragem,

com dedicação, você chega lá. Um ou

outro até vai, pra reforçar o discurso,

de que é possivel, sim o impossível conquistar!


Mas a grande maioria esmagadora vai

doar a vida, pra gerar acumulo, ou servir.

Quem te convenceu, que ralou e mereceu,

ser o seu patrão, sem contestação.


Poesia canção, com letra gigante,

nasceu fadada, a pouca gente conhecer,

Mas pra mim é difícil conjecturar sobre

esse tema e resumir a resenha.


Vou me despedir sendo um poeta finjidor,

e vou dizer, o mundo não é tão ruim,

os pássaros cantam, o mar é lindo,

e na primavera você pode chorar,

com o florecer das arvores nos parques.

E tudo vai ficar mmuito bem.


Só reclama quem não vê o lado bom

da vida, parem de ser tão pessimistas.

Se a gente se unir, o mundo não pode

ser melhor? Se eu te exploro no amor,

você precisa ficar aí reclamando de

dor. Não entendo sua posição.


Previlegiados também sofre sabia?

Você acha que é só você?

Vamos dar as mãos, mas lave bem

primeiro, e eu por alguns segundos

vou cantar assim com você.


Somos todos seres humanoooos,

e não há distinçããããooo

Vamos esquecer que você morreu

e morre, em pró da minha perpetuação.


Amanhã vou dizer, que eu cheguei lá!

E você improvável que vá!

Vou dizer que foi fruto de dedicação,

e você vacilouuuu.


Que alegria que o mundo é assim,

já pensou se ele fosse mais igualitário.

Eu como camarão na jacuzzi com

champanhe, é sensacional.

Mas se todos pudessem, isso não

seria mais especial. Então

vamooos deixar assimm, tá boooom!

Não há tragédia ou sofrimento,

que não possamoooos, amanhã

tratar, como esquecimentoooo


Ninguém lembra mais,

olha o gol no futebol,

Eu não acredito que aquele

personagem matou o fulano.

E ciclana, votou no beltrano,

e ele foi pro paredão.


Não me leve a mal,

inclusive eu to aqui, citando,

minhas distrações preferidas,

não é acusação.


Mas o meu dilema, é

que meu cabresto caiu,

então me cobro ficar

assim, deixando os dias

passarem, sem agir com

todas as forças. Pra tocar

o núcleo da terra, e fazer

esse globo girar ao contrário.

No mínimo.



















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