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Foto do escritorEduardo Henrique da Silva

Se a rua Piaúna falasse.

A poesia acerca de uma grande amizade, que transpôs barreiras até mesmo geográficas, cada troca de mensagem, de comentários bobos de Face, me translada para aqueles dias quando subíamos conversando a rua Piaúna.


Se a rua Piaúna falasse.


Se a rua Piaúna falasse,

seria testemunha de uma das minhas melhores amizades.

Eu me lembro a clareza da sua sutileza.

Da sua fala mansa, da sua conversa inteligente,

eu que corresse atrás, ninguém mandou ser lerdão.

Eu me sentia importante na sua presença.

E quando conversávamos eu pensava, se a Paolinha

existe, o mundo talvez tenha jeito...

Qualquer segundo de troca que temos hoje, é eternidade,

É como alguém que sai no meio da madrugada, e vem

me resgatar, sem perguntar, sem medir preço,

sem nem ligar se eu queria que viesse, mas veio...

Eu sou assumidamente descrente da humanidade,

mas você, mesmo que em momentos hoje,

me faz ficar contrariado, pois por esses momentos que

trocamos eu penso, a humanidade tem jeito.

Talvez deus exista,

pois a Paolinha não pode ser obra do acaso.

Se a rua Piaúna falasse, ela não falava, choraria,

de saudade de você, passando por ela.

Ela até me suportava, sabendo que, aos

fins de semana, a noite, quando eu ali passava.

Você também estava.

Amo a sua amizade. Amo ser seu amigo.

Eu cito a sua amizade como currículo.

Essa poesia vai ficar pra sempre,

como espero, pra sempre, nossa amizade.

















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