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Foto do escritorEduardo Henrique da Silva

A tez da manhã

Tem vezes que é legal confundir palavras, buscar rabuscos que confundam, me confundam, enlouqueçam e disfarcem bem o que se quer dizer, poeta finge. Já dizia o fingidor.


A Tez da manhã (poesia canção)


Enganando saber o que digo,

Cito Branca é a tez da manhã.

Diteísta velado, disfarço palavras,

E se digo, bem dito,

Não diz o que é,

Cabe bem pra ficar,

Um verso bonito


Parado na forquilha,

antropofobia,

Sinuca de bico,

De onde estou.

Cantando a ciranda,

Da resiliência,

Canção de ninar,

Que me procrastinou.


Noturno irresoluto,

que age em precedência,

cantar somente contos,

sobre seus desencantos.

Pois tem a consciência,

A dor de quem se ausenta,

Tem vera compreensão,

Do que francamente é solidão.


E sonho bem pequeno,

se as besteiras que escrevo,

que engano poesia,

falasse com alguém.


Já quis mudar o mundo,

Mas hoje troco tudo,

Pela simples cegueira,

Da vida faceira que um

dia vivi.


Já dizia o ditado,

quer o errado malandro,

que mundo acabe em barranco,

pra que morra encostado.

Hoje qualquer sorriso,

e nem requer sincero,

que seja trivial,

eu encaro por sensacional.


E sigo meu caminho,

Popular sem amigos,

Sorridente tristonho,

que se faz de palhaço.

Poeta fingidor,

finge que é feliz,

E no convencimento,

o público aplaude,

amanhã tem BIZ.









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